Jejum Intermitente: O que a Medicina Recomenda?
É muita propaganda, é muita pergunta, são muitas as dúvidas!
Afin
al, ele deve ou não ser praticado? Como definir os intervalos ideais, como 12, 24 ou até 48 horas? Vamos esclarecer alguns pontos importantes com base nas recomendações médicas mais recentes.
Evolução do Conhecimento Médico
É fundamental lembrar que o conhecimento na área médica está sempre em evolução. O que credenciamos foi a abordagem ideal há alguns anos pode ser ajustado à medida que novos estudos surjam. Há poucos anos, por exemplo, pensou-se que comer a cada duas ou três horas era essencial para manter os níveis de glicose e insulina controlados. Essa recomendação foi amplamente revisada.
Hoje, embora não exista um consenso absoluto, há uma forte tendência de adotar práticas como o jejum intermitente, que pode trazer diversos benefícios à saúde quando bem orientado.
Como o Corpo Funciona?
Nosso organismo funciona como uma "conta corrente" de energia. Precisamos de nutrientes para execução de funções básicas, como respiração, coração, pensamentos e movimentos. Quando não sentimos fome, significa que o corpo ainda está utilizando os nutrientes disponíveis.
A fome, por outro lado, é um mecanismo disparado pelo hipotálamo diminuindo que os níveis de glicose no sangue são baixos e que um novo transporte energético é necessário. O ideal é optar por alimentos que forneçam energia de forma sustentada, como:
Carboidratos complexos: Demoram mais para serem digeridos, mantendo os níveis de energia equilibrados.
Proteínas: Proporcionam saciedade prolongada.
Gorduras boas: Oferecem energia, confiança e são fundamentais para diversas funções metabólicas.
O Papel do Jejum Intermitente
Pesquisas médicas recentes indicam que comer menos pode estar associado a uma vida mais longa e saudável. O jejum temporário visa proporcionar períodos de descanso ao sistema digestivo, o que pode trazer benefícios consideráveis, como melhor controle metabólico e redução de inflamações.
Existem diferentes formas de prática de jejum intermitente, mas as mais comuns incluem:
Jejum de 12 a 14 horas diárias: Uma abordagem prática para a maioria das pessoas. Consiste em tomar um café da manhã, almoço completo e evitar comer à noite.
Jejum de 24 horas: Menos freqüentes e mais desafiadores, pode ser solicitado ocasionalmente.
Jejum de 48 horas ou mais: Requer supervisão médica e é menos habitual no dia a dia.
Por que 12 a 14 horas de jejum?
Essa prática é mais acessível e permite que o corpo usufrua dos benefícios do jejum sem prejudicar a rotina. Durante esse período, o organismo tem a oportunidade de utilizar reservas energéticas e atualização de funções metabólicas.
Conclusão
O jejum intermitente é uma tendência crescente e uma prática com grande potencial de benefícios para a saúde. No entanto, como qualquer intervenção alimentar, deve ser adotada com orientação médica e respeitando as necessidades individuais.
Se você deseja começar, procure um profissional de saúde que possa adaptar essa estratégia à sua realidade. Afinal, jejuar com consciência é um passo importante para melhorar sua qualidade de vida.
Dra. Rosana Simões
Medicina de Precisão
Este post é informativo e não substitui uma avaliação personalizada. Consulte um profissional de saúde e siga suas orientações.
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